sexta-feira, 12 de abril de 2013

Mitologia Nórdica

Deuses Nórdicos-

                                                          Odin-Deus da guerra e sabedoria.
(Wotan, para os povos germânicos e Woden para os anglo-saxónicos). Um dos filhos de Bor. Figura assombrosa da qual emana poder, Odin é o deus da guerra. Mas não é só isto, ele é o Deus da Sabedoria que foi adquirida em troca de um olho, o preço estipulado para que lhe fosse permitido beber da Fonte de Mimir, na base da raiz de Yggdrasill, que mergulha em Jotunheim. Odin é o mais sábio dos deuses, senhor dos mistérios, da magia, da ciência, da poesia; padroeiro dos advindos; senhor das runas, a escrita mágica; deus da agricultura. Seu palácio em Asgard chama-se Valaskjalf e o santuário, Gladsheim. Odin é também chamado deus dos mortos e é ele quem preside, em Valhalla, os banquetes dos heróis mortos em batalha que lá estão à espera do Ragnarok. Sua esposa é Frigg e ele é o pai de Thor e de Balder. Odin é geralmente representado usando um grande manto balançando ao vento, tendo sobre a cabeça um chapéu de abas largas escondendo o tapa-olho. Na mão, ele leva a sua lança Gungnir, forjada pelos anões, que tem uma característica peculiar: jamais erra o alvo. Com Odin, estão sempre dois corvos, Huginn (Pensamento, Entendimento) e Muninn (Memória) e dois lobos, Geri e Freki. Seu cavalo é Sleipnir, que tem oito pernas e o seu trono em Valaskjalf chama-se Hlidskjalf; quando sentado nele, Odin pode ver tudo o que acontece nos nove mundos. Odin é conhecido por vários nomes, entre eles, Todopai, O Terrível, Pai da Batalha. Do nome de Odin/Wotan/Woden vem o nome do dia da semana em inglês Wednesday (Quarta-feira) - Dia de Woden, isto é, Dia de Odin

                                                         Thor-Deus dos trovões e do céu.
(Donar, para os povos germânicos). Filho de Odin e de Fjorgyn (uma deusa da terra, ou a própria Terra) e marido de Sif. Thor é o segundo na hierarquia dos deuses e é o seu maior guerreiro e seu guardião. Ele é conhecido como Deus do Trovão e dos Céus; é também deus da fertilidade. Thor era o mais amado e o mais respeitado dos deuses nórdicos. Os Vikings chamavam a si próprios de "O Povo de Thor." Como era também deus da fertilidade, Thor era adorado por agricultores e era invocado para partos bem sucedidos. Thor simbolizava a lei e a ordem. Ele é representado como sendo alto e com barbas vermelhas, sempre empunhando um enorme martelo chamado Mjollnir que espalha terror entre os seus oponentes. Mjollnir foi feito pelos anões e tem o poder de retornar às mãos de Thor após arremessado contra um inimigo. O palácio de Thor em Asgard chama-se Bilskirnir e ele viaja em uma carruagem puxada por dois bodes chamados Tanngnost e Tanngrisni. Do nome de Thor vem o nome do dia da semana em inglês Thursday (Quinta-feira) - Dia de Thor.
Um dia, o martelo de Thor é roubado pelo gigante Thrym. Thor pede ajuda a Loki que, após consultar o ladrão, diz que o martelo só retornará se a mão de Freyja for dada ao gigante. Como Freyja recusa-se a desposar o gigante, Heimdall segere que Thor se vista como Freyja e vá ter com o gigante Thrym. Debaixo dos risos dos deuses, Thor concorda em ser adornado como noiva. O martelo de Thor é a maior defesa de Asgard e tem que ser recuperado. Então, Loki parte para Jotunheim levando Thor disfarçado como futura noiva de Thrym. O gigante recebe-os com grande pompa e serve-lhes muita comida e bebida. À mesa, Thor devora oito salmões e um boi inteiro e bebe 3 barris de hidromel. Ao comentário de Thrym de que nunca vira uma mulher comer tão vorazmente, Loki responde que Freyja não comia há oito dias de tão nervosa que estava com a noite de núpcias. Satisfeito com a resposta, Thrym ordena que tragam o martelo Mjollnir e que deponham-no sobre o colo da noiva para que ela seja abençoada com grande prole. Assim que Thor tem o martelo em seu colo, ele o empunha e revela-se como o Deus do Trovão. Thor massacra Thrym e todos os outros gigantes no salão.




                                                     Freyja-Deusa do amor e da morte.
Filha de Njord e irmã de Freyr. Seu palácio em Asgard chama-se Sessrumir. Freyja é a maior das deusas da fertilidade. É a deusa do amor e também da morte. Ela tinha sido esposa de Odin, que a trocou por Frigg porque ele achou que ela gostava mais de enfeites do que dele. Existe uma saga de quando ela encontra, numa uma caverna, quatro anões, habilidosos artífices, com os quais ela vê um colar de ouro de incrível beleza (o Colar de Brisings). Freyja insiste com os anões para que eles lho vendam, mas eles só aceitam vender o colar por um preço: que ela durma com cada um deles. Ela concorda. Entretanto, Loki vê o que se passa e relata para Odin. Este fica furioso e manda que Loki tome o colar de Freyja. A beleza de Freyja é legendária. Os gigantes cobiçam-na, como no caso do gigante que constrói as muralhas de Asgard e que a pede como pagamento. Outra saga é a de Thrym que rouba o martelo de Thor e diz que devolverá só se Freyja for-lhe dada em resgate. Freyja viaja numa carruagem puxada por dois gatos. Como Odin, Freyja também está ligada ao mundo dos mortos e, sempre que o visita, ela volta de lá com o poder de desvendar o futuro. 

                                                                 Freyr-Deus da fertilidade.

Filho de Njord e Skadi, irmão de Freyja. Freyr é o deus patrono da Suécia e da Islândia. Ele é o maior dos deuses da fertilidade. Ele controla o brilho do sol e a precipitação da chuva; ele propicia a fertilidade da terra; ele traz a paz e a prosperidade para os homens. Freyr é casado com Gerd. Ele era um Vanir originalmente, mas foi aceito entre os Aesir depois da guerra entre as duas raças de deuses. Freyr tem como tesouros o navio mágico Skidbladnir, feito pelos anões, que pode ser dobrado e colocado no bolso; um elmo de ouro cujo timbre é um javali, Gullinbursti; e o seu cavalo Blodighofi (Casco Sangrento) que não teme o fogo. Freyr tinha também uma espada mágica que movia-se sozinha, desferindo golpes, ele perdeu-a durante uma batalha com os gigantes.

                                             Heimdall-Deus da luz

Apesar de ser um deus importante, a sua origem é um tanto obscura. Consta que ele é filho de nove donzelas, nove ondas, filhas de Aegir . Heimdall é o Deus da Luz, chamado de Deus Reluzente de Dentes de Ouro. Heimdall tem os sentidos altamente apurados: segundo consta, ele pode ver até cem milhas de dia ou de noite; ele pode ouvir a relva a crescer no chão e a lã a crescer no corpo dos carneiros; além disso, o tempo de sono de um passarinho é o suficiente para ele. Com estas características, nada mais lógico do que os deuses oescolhecem para ser o seu guardião. Heimdall é o sentinela na Ponte do Arco-íris (Bifrost). O seu palácio em Asgard chama-se Himinbjorg (Penhascos do Céu) e fica junto à Bifrost. Heimdall possui uma grande trompa chamada Gjall que ele soará no Ragnarok para convocar os deuses para a batalha final. Heimdall é o maior inimigo de Loki - sendo Heimdall o Deus da Luz, pode-se ver suas desavenças com Loki como sendo a luta entre luz e trevas. Os dois enfrentar-se-ão em Ragnarok e um exterminará o 


                                                  Loki-Deus das trevas.

Filho dos gigantes Faubarti e Laufey, irmão de criação de Odin. Com sua amante, a giganta Angrboda (Portadora de Sofrimento), Loki engendra Jormungand (a serpente de Midgard), o pavoroso lobo Fenrir e Hel (a Morte). Loki é descrito como tendo aparência bonita e corpo bem feito. Ele tem o poder de metamorfosear-se no que ele quiser. Loki é, sem sombra de dúvida, o mais complexo de todos os deuses nórdicos. Ele não é apenas trevas, como dizem alguns, nem tampouco um demónio, como dizem outros. Ele é mais complicado do que isto. Chamado de O Astuto, O Embusteiro, O Viajante dos Céus, Loki é um confrontador dos deuses, ele é o agente que dá dinamismo a quase todas as sagas dos deuses - às vezes, ele é o causador dos desastres, às vezes ele é o salvador, muitas vezes, o conselheiro. Há um relacionamento muito estranho entre eles e os outros deuses. Ele é um provocador de comflitos e um diplomata, em algumas ocasiões. De qualquer modo, ele é sempre imprevisível. Sem Loki, os deuses provavelmente morreriam de tédio. Ele mente descaradamente, mas também diz verdades; ele não segue regras nem padrões; como o Superhomem de Nietzsche, ele é uma lei apenas para si próprio. Sem Loki, não haveria mudanças, nem retrocessos, nem crescimentos - as coisas ficariam estagnadas; sem Loki, não haveria o Ragnarok.
Com o passar dos tempos, as características malévolas de Loki vão se acentuando e se sobressaindo. Sem nenhuma razão aparente, ele provoca a morte de Balder, o que traz consternação para todos os deuses. Depois da morte de Balder, Loki constrói para si uma casa invisível e esconde-se nela. Mas nada pode escapar ao olhar vigilante de Odin que o vê e envia um grupo de deuses para capturá-lo. Loki transforma-se num salmão e mergulha no fundo da Cascata de Franang. Os deuses apanham-no com uma rede.
Loki tem dois filhos com sua esposa Sigyn, Vali e Narvi. Os deuses transformam Vali num lobo que mata Narvi. Os deuses, então, usam as tripas de Narvi para amarrar Loki a uma pedra dentro de uma caverna. As tripas ficam, então, duras como ferro e prendem Loki de um modo impossível para ele se soltar. Uma serpente é presa a uma estalagtite acima de Loki, de modo que seu veneno fique pingando no rosto do odiado deus. Sigyn, a esposa de Loki, permanece na caverna segurando uma bacia sobre a cabeça do marido, recebendo os pingos do veneno. Quando a bacia se enche, ela é forçada a levá-la para esvaziá-la numa fenda de rocha. Enquanto ela vai até lá e volta, o veneno pinga no rosto de Loki, causando dores atrozes. Dizem que, quando a terra treme, é Loki contorcendo-se de dor. Com o advento do Ragnarok, Loki libertar-se-á para a batalha final contra os deuses. 














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