segunda-feira, 8 de abril de 2013

Heróis Gregos

                                                                         Perseu-


Acrísio, rei de Argos[1], era casado com Eurídice, filha de Lacedemon, e tinha uma filha Dânae[2], mas não tinha filhos homens. Quando Acrísio perguntou ao oráculo como ele poderia ter filhos homens, a resposta foi que Dânae teria um filho que o mataria[3].
Dânae foi trancada em uma câmara de bronze subterrânea e posta sob guarda, mas ela foi seduzida, segundo alguns autores, por Preto, irmão e rival de Acrísio, ou por Zeus, que assumiu a forma de uma chuva de ouro[3]Lactâncio, autor cristão que viveu por volta do ano 300, influenciado pelo evemerismo, diz que esta "chuva de ouro" foi, na verdade, uma larga soma em dinheiro que o rei imortal Zeus despejou sobre o colo de Dânae, para compensar a desonra que ele fez nela, e que os poetas posteriores adotaram a chuva de ouro como figura de expressão, assim como "chuva de ferro" se refere a uma grande quantidade de dardos e flechas[4].
Acrísio, não acreditando que sua filha estivesse grávida de Zeus, colocou-a em um baú, que foi jogado ao mar.[3] O cesto chegou à ilha de Sérifo, onde foi encontrada por Díctis, que criou o menino.[3][Nota 3]
                                                        Perseu e a Medusa-
Perseu se tornou um grande homem, forte, ambicioso, corajoso, aventureiro e protetor da mãe. Polidectes, com medo de que a ambição de Perseu o levasse a lhe usurpar o trono, propôs um torneio no qual o vencedor seria quem trouxesse a cabeça da Medusa[5] , o instinto aventureiro de Perseu não o deixou recusar. Em outra versão do mesmo mito todos os convidados em uma homenagem ao Rei, deveriam dar-lhe um presente, como Perseu era pobre se ofereceu para trazer a cabeça da Medusa como presente.
Perseu, conhecendo sua mãe, disse que iria participar do torneio, mas não disse que iria enfrentar a Medusa, com receio de que ela o impedisse. Da batalha contra Medusa saiu vitorioso graças à ajuda de AtenaHades e HermesAtena deu a ele um escudo tão bem polido, que tal qual num espelho, podia se ver o reflexo ao olhar para ele. Hades lhe deu um capacete que torna invisível quem o usa, e Hermes deu a ele suas sandálias aladas, três objetos que foram definitivos para a vitória de Perseu.
O poeta romano Ovídio conta que a Medusa teria sido originalmente uma bela donzela, "a aspiração ciumenta de muitos pretendentes", sacerdotisa do templo de Atena[Nota 4]. Um dia ela teria cedido às investidas do "Senhor dos Mares", Posidão, e deitado-se com ele no próprio templo da deusa Atena; a deusa então, enfurecida, transformou o belo cabelo da donzela em serpentes, e deixou seu rosto tão horrível de se contemplar que a mera visão dele transformaria todos que o olhassem em pedra.[Nota 5]
Então Perseu, guiado pelo reflexo no escudo, sem olhar diretamente para a Medusa, derrotou-a cortando sua cabeça, que ofereceu à deusa Atena. Diz a lenda que, quando Medusa foi morta, o cavalo alado Pégaso e o gigante Crisaor surgiram de seu ventre[Nota 6]. As outras duas irmãs de Medusa,Esteno e Euríale, perseguem Perseu, mas este escapa devido ao capacete de Hades, que o torna invisível às Górgonas[6].

                                                                         Teseu-
Egeu casou-se com duas mulheres, Meta, filha de Hoples e Chalciope, filha de Rhexenor, mas não teve filhos com nenhuma delas; temendo perder o reino para seus irmãos (PalasNiso e Lico), Egeu consultou a Pítia, mas não entendeu sua resposta.[6]
Na volta para Atenas, Egeu se hospedou em Trezena, cujo rei Piteu, filho de Pélope, compreendendo o oráculo, fez Egeu se embebedar e deitar com sua filha Etra.[7] Na mesma noite, porém,Posidão também se deitou com Etra.[7]
Egeu pediu a Etra que, se ela desse à luz um menino, só revelasse ao filho quem era seu pai quando ele tivesse forças para pegar a espada e as sandálias que ele escondera sob uma enorme pedra.[7] Depois disso devia ir em segredo até Atenas, portando a espada de seu pai e calçando suas sandálias.[7]
Egeu teve de voltar a Atenas, para celebrar o festival Panateniense, onde Androgeu, filho de Minos, derrotou todos os competidores.[7] Androgeu foi morto; segundo uma versão, Egeu enviou contra Androgeu o touro de Maratona, que o matou, ou Androgeu viajou para Tebas, para participar dos jogos fúnebres em honra a Laio, e foi assassinado pelos competidores.[7] Quando a notícia da morte de Androgeu chegou a Minos, ele estava sacrificando às Graças em Paros, e jogou fora a guirlanda que usava e interrompeu a música das flautas, costume este que passou a ser adotado em Paros, nos sacrifícios às Graças, feitos sem flautas e guirlandas.[7]
Nasceu um menino, que cresceu vigoroso e forte como um herói. Aos dezesseis anos seu vigor físico era tão impressionante que Etra decidiu contar-lhe quem era o pai e o que se esperava dele. Teseu ergueu então a enorme pedra antes movida por Egeu, recuperou a espada e as sandálias do pai e dirigiu-se para Atenas.

                                                                Teseu e o Minotauro-
Para combater o touro de Creta, foi enviado anteriormente por Egeu o jovem Androgeu, que era filho de Minos e sua esposa Pasífae, reis de Creta. Dizem que o motivo foi a inveja pelo desempenho do jovem nos jogos de Atenas. Como o jovem pereceu tentando matar o touro, seu pai Minos resolveu fazer uma guerra contra Atenas, da qual saiu vencedor. Uma variante do mito dá a morte de Androgeu por motivos políticos, pois este teria se unido aos Palântidas, que eram inimigos de Egeu. Minos rumou para Mégara com sua poderosa esquadra e logo partiu para cercar Atenas. Durante a guerra uma peste enviada por Zeus contra os atenienses provocou a derrota de Egeu, o que levou o rei Minos a cobrar uma taxa a cada nove anos. A taxa foi em forma de sete rapazes e sete moças atenienses enviados para Creta, onde seriam colocados no labirinto para serem devorados pelo seu filho monstruoso, o Minotauro. Na terceira remessa de jovens, Teseu estava presente e resolveu intervir no problema. Entrou no lugar de um jovem e partiu para Creta para entrar no Labirinto. Na partida usou velas pretas para navegar e seu pai entregou-lhe um jogo de velas brancas, para usar caso saísse vitorioso na missão.
Com efeito, a linda Ariadne, filha do poderoso Minos, apaixonou-se por Teseu e combinou com ele um meio de encontrar a saída do terrível labirinto. Um meio bastante simples: apenas um novelo de lã.
Ariadne ficaria à entrada do palácio, segurando o novelo que Teseu iria desenrolando à medida que fosse avançando pelo labirinto. Para voltar ao ponto de partida, teria apenas que ir seguindo o fio que Ariadne seguraria firmemente. Teseu avançou e matou o monstro com um só golpe na cabeça.

                                                                   Aquiles-

Aquiles era o filho da nereida Tétis e de Peleu,[4][5][6] rei dos mirmidões. Tétis era uma das várias filhas de Nereu e Doris[7][8] e Peleu era filho de Éaco e Endeis.[9][10] Zeus e Posídon haviam sido rivais pela mão de Tétis até que Prometeu, o responsável por trazer o fogo aos humanos, alertou Zeus a respeito de uma profecia que dizia que Tétis daria luz a um filho ainda maior que seu pai. Por este motivo, os dois deuses desistiram de cortejá-la, e fizeram-na se casar com Peleu.[11]
Como em boa parte da mitologia grega, existe uma versão da lenda que oferece uma versão alternativa destes eventos: na Argonáutica[12] Hera alude à casta resistência de Tétis aos avanços de Zeus, e que Tétis teria sido tão leal aos laços matrimoniais de Hera que o rejeitou de maneira fria.

                                                      O calcanhar de Aquiles-
De acordo com um fragmento de um Achilleis — a Aquilíada, escrita por Estácio no século I - quando Aquiles nasceu Tétis teria tentado fazê-lo imortal, mergulhando-o no rio Estige[6][13]; deixou-o, no entanto, vulnerável na parte do corpo pelo qual ela o segurava, seu calcanhar (ver calcanhar de Aquilestendão de Aquiles).[6] Não está claro, no entanto, se esta versão do mito era conhecida anteriormente. Em outra versão, Tétis ungiu o filho com ambrósia e o colocou sobre o fogo, para que suas partes mortais fossem queimadas; foi interrompida por Peleu, no entanto, e acabou abandonando pai e filho, furiosa.[14]
Nenhuma das fontes anteriores a Estácio, no entanto, faz qualquer referência a esta invulnerabilidade física do personagem; ao contrário, na própriaIlíada Homero descreve Aquiles sendo ferido: no livro 21 Asteropeu, o herói peônio, filho de Pélagon, desafia Aquiles nas margens do rio Escamandro; arremessa duas lanças ao mesmo tempo, uma das quais atinge o cotovelo de Aquiles, "tirando um jorro de sangue".
Também nos fragmentos de poemas do Ciclo Épico, onde podem ser encontradas as descrições da morte do herói, Cypria (de autoria desconhecida),Aithiopis (de Arctino de Mileto), a Pequena Ilíada (de Lesco de Mitilene), entre outras, não existe qualquer indicação ou referência à sua invulnerabilidade ou ao seu célebre ponto fraco no calcanhar; nas pinturas em vasos feitas mais tarde, que representam a morte de Aquiles, a flecha (ou, em muitas casos, as flechas) o atingem no corpo.

                                                                            Hercules-

Hércules (em latimHercules) é o nome em latim dado pelos antigos romanos ao herói da mitologia grega Héracles, filho de Zeus e da mortalAlcmena. As antigas fontes romanas indicam que o herói grego "importado" veio substituir um antigo pastor mitológico chamado pelos povos da Itáliade Recaranus ou Garanus, e que é famoso por sua força. Enquanto o mito de Hércules incorporou muito da iconografia e da própria mitologia do personagem grego, ele também tinha um número de características e lendas que eram marcadamente romanas.

                                                                    Mitos de  Hercules-
Os romanos adotaram as histórias gregas sobre Héracles essencialmente inalteradas, acrescentando detalhes anedóticos próprios, alguns dos quais ligavam Hércules à geografia do Mediterrâneo ocidental.
Destacam-se dentre estes mitos os famosos doze trabalhos de Hércules:
  1. matar o leão da Nemeia
  2. matar a Hidra de Lerna
  3. capturar o javali de Erimanto
  4. capturar a corça de Cerineia
  5. expulsar as aves do lago Estínfalo
  6. limpar as estrebarias de Aúgias
  7. capturar o touro de Creta
  8. capturar os cavalos de Diómedes
  9. obter o cinturão de Hipólita, rainha das Amazonas
  10. buscar os bois de Gerião
  11. buscar os pomos de ouro do jardim das Hespérides
  12. capturar o cão Cérbero
Na mitologia romanaAca Larência foi a amante de Hércules. Casada com Tarúcio, um rico mercador, e, quando este morreu, deu toda a fortuna que o marido lhe deixara para a caridade. Noutra versão do mito, era esposa de Fáustulo.Na Eneida[6]Virgílio narra um mito sobre Hércules derrotando o monstruoso Caco, que vivia numa caverna sob o Palatino (uma das sete colinas de Roma).

















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